domingo, 13 de setembro de 2009

"Homenagem a Frederico Garcia Lorca" Flávio de Carvalho



Quem passa pela praça das Guianas, nos Jardins, pode observar uma escultura que se destaca na paisagem por suas cores e formas: o monumento a Federico Garcia Lorca.

A cerimônia de inauguração, no dia 1º de outubro de 1968, foi prestigiada pelo poeta chileno Pablo Neruda, que fez um caloroso discurso elogiando o amigo Garcia Lorca e o autor da escultura. Uma exposição na Biblioteca Mário de Andrade e um espetáculo no Teatro Municipal com a participação de Chico Buarque, Geraldo Vandré, Sérgio Cardoso e outros completaram a homenagem, com repercussão internacional.

Na madrugada de 20 de julho de 1969, uma explosão danificou a escultura. Nunca se apurou o responsável pelo ato, que, no entanto, foi atribuído ao CCC (Comando de Caça aos Comunistas). Folhetos deixados junto à obra informavam sobre a destruição do monumento ao poeta "comunista e homossexual", no dia da Revolução Cubana.

Os destroços da escultura foram levados a um depósito da prefeitura. Em 1971, Flávio de Carvalho restaurou-a para levá-la à Bienal de Arte de São Paulo. Com muito custo e sem o apoio das autoridades responsáveis, conseguiu colocá-la do lado de fora do prédio da Bienal, no Parque Ibirapuera, onde ficou apenas dois dias. O embaixador da Espanha reclamou da presença da "escultura do comunista" e ela voltou ao depósito.

Dispostos a devolver a obra ao espaço público, alunos da Escola de Comunicações e Artes e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo falsificaram documentos e a roubaram em 1979. Durante três meses, trabalharam na sua recuperação e a depositaram no vão livre do MASP (Museu de Arte de São Paulo), estrategicamente, no dia em que o prefeito Olavo Setúbal visitava o museu. Pietro Maria Bardi, diretor do MASP, e o prefeito não aprovaram o ato. Dias depois, finalmente, a obra foi reimplantada na praça das Guianas, seu local de origem.


Censurados pela ditadura militar




Raul Seixas: Como vovó já dizia (versão censurada pela ditadura militar)
Mário de Andrade:
Ode ao burguês
Chico Buarque: Roda Viva (espancaram na época os atores que encenavam a peça com esse nome)
Capital Inicial: Veraneio Vascaína
Chico Buarque: Apesar de Você
Caetano Veloso: Alegria, alegria

Entre outros (...)

Guerra Civil Espanhola e o estado de novo getulio vargas no Brasil


Tanto na guerra civil espanhola quanto no governo de Vargas o governo foi do tipo ditadura, reprimindo as formas de expressão artísticas deste ligocamente havia de nascerem movimentos contrários ao governo onde havia mais tarde de nascerem os diversos movimentos políticos opositores ao regime militar.
Cumpre ressaltar que o impacto da Guerra Civil Espanhola no Brasil produziu clivagens ideológicas diversas, ao apontar para a esquerdização presente no vocábulo república. Uma radicalização política que produziu efeitos na forma de pensar a revolução e a república a partir da eclosão da guerra civil na Espanha.

Guerra Civil Espanhola atraiu artistas e intelectuais de todo o mundo


Como nenhum outro conflito, a Guerra Civil Espanhola despertou a solidariedade de artistas e intelectuais em todo o mundo. A partir dela, surgiram obras imortais de George Orwell, Pablo Picasso e Ernest Hemingway.

A Guerra Civil Espanhola não serviu somente de laboratório para os aviões e a munição de Hitler, mas também para jornalistas, artistas e escritores espanhóis e estrangeiros. Pelo lado dos republicanos, o quadro Guernica (1937) do pintor espanhol Pablo Picasso e o romance Por quem os sinos dobram (1940) do escritor norte-americano Ernest Hemingway, estão entre as obras que retratam esse período.

Conseqüências da Guerra Civil Espanhola

- A morte de mais de 400 mil espanhóis .

- Uma queda enorme na economia
como a morte de mais da metade do gado
a queima de vários campos
milhões de moradias destruídas.

- Um abalo financeiro e queda do PIB que demorou quase 30 anos para se normalizar.

- Outras fontes ressaltam a dificuldade em quantificar o número de mortos por causa da guerra originada pelo chamado "Movimiento Nacional", mas colocam o dado para todo o período do franquismo de mais de 2 milhões de pessoas mortas sob o regime fascista.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Guerra Civil Espanhola



A Guerra Civil espanhola (1936-39) foi o acontecimento mais traumático que ocorreu antes da 2ª Guerra Mundial. Nela estiveram presentes todos os elementos militares e ideológicos que marcaram o século XX.
De um lado se posicionaram as forças do nacionalismo e do fascismo, aliadas as classes e instituições tradicionais da Espanha (O Exército, a Igreja e o Latifúndio) e do outro a Frente Popular que formava o Governo Republicano, representando os sindicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia.